terça-feira, 18 de agosto de 2009

Relato sobre o filme O Quarto Poder

O filme relata uma história interessante sobre a mídia, e critica a falta de ética no jornalismo, a manipulação da informação, a alucinada batalha pela audiência e até a onipotência de certos profissionais que fazem qualquer sacrifício para se tornarem o foco das atenções diante das câmeras. Max Brackett (Dustin Hoffman) era um repórter de baixa reputação. Trabalhava em um telejornal famoso em Nova York, mas foi transferido para Califórnia atuando em um jornal da mesma rede, mas de menos expressão perante a opinião pública. Era mais um dia de trabalho comum quando ele viu a chance de alavancar sua carreira profissional. Max fazia uma reportagem com a diretora de um museu sobre a falta de pagamentos aos funcionários e a baixa popularidade do mesmo. Após o término da matéria foi ao banheiro e, enquanto se olhava no espelho, Sam Baily (John Travolta) entrou no museu para pedir seu emprego de volta à diretora. Mas apesar de seus apelos não foi ouvido, então apontou uma espingarda para a diretora tentando fazer com que ela lhe desse atenção.
Por um descuido Sam atirou no segurança que estava na porta do museu, do lado de fora, seu antigo parceiro de trabalho. Para piorar a situação, um grupo de crianças visitava o museu e acabaram todas as reféns de Sam e sua espingarda. Max, que presenciava tudo do banheiro, entrou em contato com a estagiária, que o acompanhava, através de um microfone. Em poucos instantes ela o colocou em contato com o chefe do telejornal que o colocou no ar falando com a âncora sobre o acontecimento. Foi a partir deste momento que um descontrole comportamental e emocional se transformou em um espetáculo midiático. Como apenas Max tinha contato com a real situação à mídia tratou de montar uma realidade tematizando temas exteriores ao museu, mas diretamente ligados a ele. Pessoas eram entrevistadas para falar sobre quem era Sam Baily, mas sequer estas pessoas faziam parte do convívio familiar ou social dele.
De dentro do museu tudo era controlado pelo jornalista Max que convenceu Sam a lhe dar uma entrevista em troca de libertar duas crianças. Durante todo o tempo foi realizado um jogo de interesses: Sam cedia à entrevista mostrando seu lado da história, Max ganhava reputação e popularidade e, por incrível que pareça, a diretora também saía ganhando, pois nunca havia sido tão citado o nome do museu na mídia. Após a entrevista, o homem que era visto como um desequilibrado que a qualquer momento poderia matar uma criança, passou a ser visto como um pai de família desesperado por ter pedido o emprego e que só queria poder voltar para casa com o perdão da população, não queria prejudicar ninguém e muito menos fazer mal aquelas pessoas, principalmente as crianças que se encontrava ali com eles, só o que ele queria era seu emprego de volta para poder sustentar sua família, pois fazia alguns dias que saia de casa dizendo pra sua esposa que ia trabalhar e não ia, pois já tinha sido demitido e não sabia como iria contar a sua mulher, antes de acontecer tudo isso, vizinhos e amigos do rapaz achavam ele uma pessoa boa, mais depois da mídia aparecer o mesmo se tornou uma pessoa sem valor ninguém queria saber o que o mesmo pensava e não acreditavam mais nele e o jornalista Max o principal da historia, aproveitou todas as situações para aparecer na mídia. A opinião pública se manifestou indo para o museu e vestindo camisetas com dizeres incentivando Sam. Em minutos ele deixou de ser o vilão e virou o mocinho. Voltando ao pressuposto de que a televisão é imagem e áudio, principalmente imagem, pode-se perceber que ela propaga o pensamento de que as imagens são espelhos da realidade, sendo que, por trás delas, há toda uma produção desde quando o jornalista vai filmar o fato até a edição dessas imagens. Os meios de comunicação, em geral, não se preocupam em gerar consciência social e política para os leitores, ouvintes e telespectadores, pois dependem de investimentos publicitários e também governamentais, ou seja, eles dependem dos interesses que são as agências publicitárias, os criadores da moda, entre outros. Fazendo uma comparação do filme com o documentário os mesmos são bem parecidos, porque a mídia, ou seja, as propagandas fazem com que as pessoas se iludem, por exemplos nas aberturas dos programas citados no documentário chamava atenção dos telespectadores a assistir os mesmos, da mesma forma e a marca de uma roupa, ou champoo e outros.
Portanto o que entendi no filme foi que através de uma pessoa inocente e justiçada, fez com que o jornalista se tornasse muito importante para a mídia. O filme o quarto poder revela que a mídia, especificamente a televisão, pode gerar efeitos programados e influenciar tanto o comportamento quanto a opinião da sociedade. Uma realidade que foi produzida e espelhada para o público, que não sabendo do verdadeiro motivo do fato, acreditou em uma realidade inexistente.

Um comentário:

visual arte disse...

que filme bacana hem amiga, gostaria de assistir o mesmo algum dia!

vanessa machado.